Para estúdio de Warframe, empresas desistem muito rápido de jogos contínuos
Embora atualmente Warframe tenha se tornado uma referência no mundo de jogos como serviço, o título demorou algum tempo para chegar até essa posição. Segundo o CEO do estúdio Digital Extremes, Steve Sinclair, outras empresas falharam em chegar a esse ponto porque desistiram cedo demais de seus projetos.
Em uma entrevista ao site VGC, Sinclair lamentou o fato de que muitas publicadoras grandes encaram a estreia de um jogo como seu momento mais importante. Para eles, embora muitas companhias tenham recursos que as permitam ser persistentes, a maioria delas decide jogar fora o que não funcionou logo de cara.
Para o CEO da desenvolvedora de Warframe, é muito triste ver trabalhos que demandaram anos de trabalho sendo jogados fora no momento em que comunidades começaram a ser construídas. “Porque os custos de operação são muito altos, você fica assustado quando vê os números caírem e então você vai embora”, explicou.
Warframe sobrevive em meio a fechamentos
Desde que Warframe fez sua estreia em março de 2013, ele já testemunhou a ascensão e queda de diversos jogos como serviço. A extensa lista de games que foram “mortos prematuramente” inclui Anthem, da BioWare, Knockout City, Babylon’s Fall, Crossfire X, Marvel’s Avengers e Paragon, entre diversos outros.
Em alguns casos, como o de Paragon, os fechamentos não são necessariamente causados pela falta de popularidade, mas sim por questões de priorização de recursos. O MOBA, desenvolvido originalmente pela Epic Games, foi abandonado porque a empresa decidiu focar seus recursos em Fortnite, que já se mostrava muito mais popular na época em que isso aconteceu.
Embora a Digital Extremes nem sempre tenha conseguido sucesso, tendo inclusive fechado recentemente sua divisão de projetos externos, ela continua investindo em Warframe. Atualmente, a companhia também prepara o lançamento de Soulframe, um MMORPG gratuito com fortes elementos medievais.
Fonte: VGC